Os avanços tecnológicos para tratamentos médicos tiveram uma evolução acentuada nos últimos anos.
Um dos exemplos mais importantes está na cirurgia robótica, um modelo mais avançado do que chamamos de cirurgia minimamente invasiva.
As cirurgias de cabeça e de pescoço também se beneficiaram das evoluções trazidas pela robótica. O melhor exemplo é a cirurgia robótica transoral (Tors) que foi desenvolvida pelo Departamento de Otorrinolaringologia da Universidade da Filadélfia (EUA), em 2005 e hoje representa uma das formas mais avançadas de tratamento do câncer de orofaringe e da laringe supraglótica.
Vantagens
São muitas as vantagens da cirurgia robótica transoral, comparada a outras técnicas cirúrgicas:
• Redução das deformidades estéticas
• Redução da dor e do risco de infecção pós-operatória;
• Redução da necessidade de uso UTIs;
• Eliminação da necessidade de traqueostomia e de reconstrução (maioria dos casos);
• Retorno mais rápido às funções de fala e deglutição;
• Menos tempo de internação hospitalar
• Retorno às atividades cotidianas e laborativas mais rapidamente
• Redução da necessidade de quimioterapia ou radioterapia pós-operatória.
Para você entender melhor como funciona: o cirurgião controla os braços do robô, o que dá mais precisão cirúrgica. Além disso, a plataforma oferece um sistema com visualização tridimensional e alta definição, para reproduzir todas as características de uma cirurgia aberta convencional.
A cirurgia transoral se destina à remoção de tumores de áreas da garganta que são de difícil acesso, incluindo a base da língua, amígdalas e região superior da laringe. Estas áreas, juntamente com outras partes da orofaringe (palato mole, parede posterior da orofaringe), são os principais locais em que utilizamos a TORS.
Primeira cirurgia de cabeça e pescoço por meio de plataforma robótica em Minas Gerais
Esse foi um procedimento pioneiro e inovador no Estado no início deste ano e tive a honra de liderar a equipe que fez essa Cirurgia Robótica Transoral. A cirurgia foi um sucesso! A equipe foi integrada pelo anestesiologista, Dr. Giuliano Parreira, o cirurgião da cabeça e pescoço, Dr. Antonio Bertelli de São Paulo, a anestesiologista Iara Teixeira de Araújo e o cirurgião auxiliar Dr. Alexandre Andrade de Souza. As instrumentadoras foram Hanna Santos e Michelle Melo. O procedimento foi acompanhado pelas enfermeiras Gisele Junger e Jessyca Raynna (Instituto de Cirurgia Robótica Ciências Médicas – MG), e pela equipe de Enfermagem do Instituto Orizonti, Ingrid Tavares e Sheila Rodrigues.
ความคิดเห็น