Nesta #SemanaNacionaldePrevençãodoCâncerBucal é importante sabermos que a incidência do câncer bucal no Brasil é considerada uma das mais elevadas do mundo. O câncer de boca é o sexto tipo mais comum entre os homens, segundo dados do Inca.
E mesmo que existam estratégias para prevenção e diagnóstico precoce, a maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados.
Mas o que caracteriza esse tipo de tumor?
Também chamado de câncer da cavidade oral, trata-se de um tumor maligno que pode se desenvolver nos lábios, gengivas, bochechas, céu da boca ou na língua.
Um dado importante é que essa doença pode ser silenciosa. Em alguns tipos pode atingir as camadas mais profundas da boca e gerar metástases.
Tipos
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, o câncer de boca pode ser dividido nos seguintes tipos: carcinoma de células escamosas; câncer de boca relacionado ao HPV; carcinoma verrucoso; carcinoma de glândulas salivares menores; linfomas.
Conheça mais sobre cada um deles;
Carcinoma de células escamosas – inclui 95% dos casos. Começa nas células planas, que normalmente formam o revestimento da boca e da garganta. No estágio inicial as células cancerígenas estão presentes apenas na superfície, no epitélio.
Câncer de boca relacionado ao HPV - relacionado à infecção por certos tipos de papilomavírus humano (HPV) e também se caracteriza como carcinoma de células escamosas.
Carcinoma verrucoso – mais raro e de crescimento lento, desenvolve-se com mais frequência na gengiva e bochecha. Esse tipo de tumor é menos agressivo e raramente produz metástases.
Carcinoma de glândulas salivares menores - pode se desenvolver nas glândulas da mucosa da boca e perto da garganta. Inclui carcinoma adenoide cístico, carcinoma mucoepidermoide e adenocarcinoma.
Linfomas - atinge os glóbulos brancos, prejudicando parte essencial do sistema imunológico. Como as amígdalas e a base da língua pertencem a esse sistema (tecido linfóide), os linfomas podem se iniciar também nesta região.
Tratamentos cirúrgicos
Diferentes tipos de cirurgias podem ser realizadas para tratar o câncer de boca e de orofaringe, dependendo da localização e estadiamento do tumor. Vejas as principais formas de tratamento, conforme a American Cancer Society:
Ressecção de tumor - o cirurgião remove todo o tumor e uma área de tecido aparentemente normal em torno do tumor, como margem de segurança.
Cirurgia micrográfica de Mohs - para tratamento de tumores cutâneos com controle microscópico de margens. Consiste na retirada cirúrgica da lesão, acompanhada e controlada por um exame microscópico do tumor que mostra se ele foi ou não totalmente retirado.
Glossectomia - remoção total da língua ou retirada de uma parte dela para remoção de tumores.
Mandibulectomia - ou ressecção mandibular consiste na remoção de todo ou parte do osso do queixo (mandíbula). Esse procedimento é realizado quando o tumor avança para dentro do osso mandibular.
Maxilectomia - Quando o câncer se desenvolve no palato duro, será necessária a remoção de todo ou parte do osso maxilar. Esse procedimento cirúrgico é conhecido como maxilectomia ou maxilectomia parcial.
Cirurgia robótica - O uso da cirurgia robótica transoral vem aumentando para o tratamento do câncer bucal devido à sua precisão. É importante que seja feitas por cirurgiões e em centros de tratamento com experiência nessa abordagem
Laringectomia - remoção da laringe junto com o tumor primário. Quando a laringe é removida, a traqueia é acoplada a um estoma na pele, na parte anterior do pescoço, para o paciente poder respirar (traqueostomia).
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